quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ser feliz é possível?

Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho.
Toda a sua fortuna não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada.
Falou da sua vida ao rabi e pediu ajuda.
Aquele homem sábio o conduziu até uma janela e pediu que olhasse para fora com atenção, ao que o jovem obedeceu.
- O que você vê através do vidro, meu rapaz? Perguntou o rabi.
- Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua, respondeu o moço.
Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou: o que você vê neste espelho?
- Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.
- E já não vê os outros, não é verdade?
E o sábio continuou com suas lições preciosas:
- Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima: o vidro.
Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que sua própria pessoa.
Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição.
Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva.
Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.
Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:
- Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar os outros. Eis a chave para a solução dos seus problemas.

Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma.Como o girassol, que está sempre em busca de novos rumos para encontrar-se com o sol!

quinta-feira, 12 de abril de 2012

domingo, 7 de novembro de 2010

Regressão hipnótica a vidas passadas

Uma breve declaração de Ian Stevenson, MD.



"Os comentários a seguir foram escritos num esforço para responder mais eficazmente ao grande número de cartas e perguntas que recebo de pessoas que pretendem candidatar-se à regressão hipnótica a vidas passadas, pedindo-me para recomendar um hipnotizador, ou me propondo investigar algum material que emergiu de tais experiências.

"Muitas pessoas que não atribuem importância alguma aos seus sonhos - percebendo que a maioria deles são apenas imagens da mente subconsciente do sonhador, sem correspondência qualquer com a realidade - acreditam, no entanto, que tudo o que surge durante a hipnose pode sempre ser tomado como verdadeiro.

"Na verdade, o estado de uma pessoa durante a hipnose se assemelha, em muitos aspectos - embora não em todos - ao de uma pessoa que sonha. As peças subconscientes da mente são liberadas das inibições comuns e podem então apresentar-se de forma dramática como uma nova "personalidade".

Se o sujeito foi instruído pelo hipnotizador - explícita ou implicitamente - a "voltar para outro lugar e tempo", ou recebido alguma orientação semelhante, a "nova" personalidade pode parecer ser de um outro período da história. Tais "personalidades anteriores" evocadas podem ser extremamente plausíveis, tanto para a pessoa que vive a experiência, como para as que a observam. Experimentos realizados por Baker e Nicholas Spanos e seus colegas demonstram a facilidade com que diferentes sugestões dadas por um hipnotizador podem influenciar as características da "personalidade prévia".

"Na verdade, porém, quase todas essas "personalidades anteriores" hipnoticamente evocadas são inteiramente imaginárias, como é o conteúdo da maioria dos sonhos. Elas podem incluir alguns detalhes históricos exatos, mas estes são geralmente derivados de informações que o sujeito adquiriu normalmente através de rádio, leituras e programas de televisão, ou de outras fontes. A pessoa pode não lembrar onde obteve a informação incluída, mas às vezes isso pode ser evocado em outras sessões de hipnose projetadas para procurar as fontes de informação utilizadas na constituição da personalidade anterior. “Experimentos feitos por E. Zolik e por R. Kampman e R. Hirvenoja demonstraram esse fenômeno.

"A experiência emocional acentuada, durante a regressão hipnótica, não fornece nenhuma garantia de que as memórias de uma vida anterior real foram recuperadas. Embora a experiência subjetiva de reviver uma vida anterior possa ser impressionante para a pessoa que vive a experiência, ainda assim a “vida anterior” pode ser uma fantasia, como a maioria dos nossos sonhos.

"Além disso, o benefício (até mesmo a melhora dramática de algum sintoma físico ou psicológico) não fornece provas de que um precedente na vida real tenha sido lembrado. Pessoas com sintomas psicossomáticos e psiconeuroses recuperam-se depois de uma grande variedade de medidas psicoterápicas. Há muitos efeitos gerais de qualquer medida psicoterápica. A melhoria pode ser atribuída exclusivamente a elas e não ter nada a ver com qualquer técnica especial, regressão hipnótica, do psicoterapeuta.

"Vale ressaltar que as crianças muito jovens que se lembram de vidas anteriores freqüentemente têm fobias, como de água, mesmo que elas se lembrem do evento que parece ter gerado a fobia, como uma morte por afogamento. Assim, lembrar da causa de uma fobia ou algum outro sintoma, não necessariamente remove o efeito.

"Pessoas que considerem a possibilidade de experiências de regressão hipnótica devem perguntar-se: Qual o benefício que haveria para mim em lidar com minhas dificuldades presentes, se eu me lembrasse de algum evento de uma vida anterior que estaria, de alguma forma, conectado com eles? Poderia uma memória, mesmo se fosse real, eliminar as dificuldades?

"Sendo breve essa declaração, ela não pode fazer justiça a todos os complexos aspectos do assunto, mas vou mencionar que, embora muito raramente, algo de valor pode surgir durante as experiências com regressão hipnótica a "vidas passadas". Exemplo disso ocorre nos casos em que o sujeito prova ser capaz de falar uma língua estrangeira que normalmente não aprendeu.

"O processo de regressão hipnótica a "vidas passadas" não está isento de alguns perigos. Circunstâncias tem ocorrido em que a "personalidade prévia" não "vai embora" quando instruída para isso e o sujeito, nestes casos, permanece em um estado alterado da personalidade durante vários dias até a restauração de sua personalidade normal.

"Eu não me envolvo em experiências com regressão hipnótica a "vidas passadas. Eu não recomendo hipnotizadores às pessoas que desejam ter essa experiência. Eu não aprovo qualquer hipnotizador que faz promessas aos clientes, que sugerem que certamente voltarão a uma vida anterior sob sua direção. Eu não aprovo quem cobra para agir como um hipnotizador em tais experiências.

"Eu não procedo a verificações de pormenores que podem surgir a partir desses experimentos, exceto em casos extremamente raros, os que me parecem mostrar fortes evidências de algum processo paranormal. Casos de xenoglossia responsiva (falar uma língua estrangeira, normalmente não aprendida), podem ser incluídos neste grupo pequeno que eu estou interessado em investigar.

"Embora me oponha à exploração comercial da regressão hipnótica, sou a favor de pesquisas sérias em relação a elas.

"As observações acima se aplicam, com algumas modificações, para experimentos amadores com tábuas ouija, plaquetas e escrita automática. Na maioria desses experimentos, os interessados tocam em nada mais do que as camadas subconscientes da mente de um ou mais dos participantes. Os perigos do engano e auto-engano são talvez maiores do que em experimentos com a hipnose, especialmente quando as pessoas estão convencidas de que elas estão sendo guiadas por personalidades desencarnadas. Aqui, novamente, em raros casos algum processo paranormal pode estar envolvido nos resultados dos experimentos e raramente produzem evidências muito sugestivas de contato real com uma personalidade desencarnada. Na maioria dos casos, tal evidência é totalmente inexistente."

Para mais informações e referências a artigos e livros baseados nas investigações científicas que proporcionam o suporte para a posição do Dr. Stevenson sobre este assunto, remetemos aos livros:

· Children Who Remember Previous Lives (Jefferson, North Carolina: McFarland & Company, 2001).

· Ele também publicou “A Case of the Psychotherapist's Fallacy: Hypnotic Regression to 'Previous Lives'" ( American Journal of Clinical Hypnosis, 1994).

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Ian Stevenson foi um médico psiquiatra canadense. A sua pesquisa incluía o tema da reencarnação, a experiência de quase-morte (EQM), aparições ou visões no leito de morte, a problemática do relacionamento entre mente e cérebro e a continuidade da personalidade após a morte. Interessou-se, ainda, pela memória que as crianças possuíam de vidas passadas. O astrofísico Carl Sagan expressou que o trabalho deste psiquiatra era um dos poucos estudos sobre fenômenos paranormais que merecia ser analisado.

A Divisão de Estudos de Percepção (DOPS) é uma unidade do Departamento de Psiquiatria e Ciência Neurocomportamental da Universidade de Virginia Health System. Foi fundada em 1967, quando o Dr. Ian Stevenson renunciou ao cargo de presidente do Departamento de Psiquiatria para se tornar diretor da referida Divisão.

Justiça e Reencarnação: é da Lei

"Com a reencarnação, caem os preconceitos de raça e de casta, de vez que o mesmo Espírito pode renascer rico ou pobre, senhor ou proletário, patrão ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher.
"De todos os argumentos invocados contra a injustiça da servidão e da escravatura, contra a sujeição da mulher à lei do mais forte, nenhum há que prime mais, em lógica, do que o fato material da reencarnação.
"Portanto, se a reencarnação fundamenta sobre uma lei da Natureza o princípio da fraternidade universal, ela fundamenta sobre a mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade."
Allan Kardec - A Gênese, cap. 1, item 36.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A vida está difícil?


Jerônimo era um jovem dinâmico, trabalhador, entusiasta. Seu apelido era Tarzan. A personalidade alegre e afável garantia muitos amigos a esse jovem de Ituiutaba. E esses amigos, ao longo de sua vida, revelaram-se não apenas imprescindíveis, mas fiéis.
Por volta dos 15 anos, apresentaram-se para Jerônimo os primeiros sintomas de uma doença insidiosa e progressiva que, além de lhe causar dores intensas e ininterruptas, acabou paralisando-lhe todos os movimentos, deixando-o preso à cama por longos 30 anos. Mais tarde ainda ficou cego.
“Casei-me com o Espiritismo no civil - dizia ele - e com a dor no religioso”.
Pois, mesmo preso a uma cama ortopédica, sem movimentos e sem visão, esse homem conseguiu fundar 2 centros espíritas, 1 gráfica, escrever 5 livros, gravar 2 LPs (faz tempo isso, não?) e fundar o lar Pouso do Amanhecer, instituição que abrigava crianças órfãs. Fez palestras por todo Brasil, em sua cama, carregado pelos fiéis amigos, até seu desencarne em 1989, aos 50 anos.

Mas, como? - é o que a gente se pergunta.
Qualquer dificuldade maior, qualquer doença menor já nos deixa chorosos e lá se vai a nossa energia! Não é?
Pois é!
Houve uma época, em meados de 60, quando ainda enxergava, que Jerônimo quase desencarnou de uma séria hemorragia das vias urinárias.
Desenganado pelo médico, os amigos perguntaram se Jerônimo poderia ir até Chico Xavier para despedir-se dele. Afinal, disseram, eram muito amigos.
- Só se for de avião – respondeu o médico. De carro ele morre no meio do caminho.
Um desses amigos tinha um avião e resolveram levá-lo até Uberaba. O lençol que o cobria era branco e quando chegaram a Uberaba estava vermelho da hemorragia.
Chico deu-lhe um beijo, colocando a mão em seu abdomem, assim permanecendo por alguns minutos. Jerônimo sentia a força fluídica que emanava da mão de Chico. E a hemorragia estancou.
Aí, veio a explicação:
- Você sabe o porquê desta hemorragia, Jerônimo?
- Foi porque você aceitou o Coitadinho: Coitadinho do Jerônimo, coitadinho... você desenvolveu a autopiedade. Começou a ter dó de você mesmo. Isso gerou um processo destrutivo. O seu pensamento negativo interferiu fluidicamente no seu corpo físico, gerando a doença. Daqui em diante, Jerônimo, vença o coitadinho. Tenha bom ânimo, alegre-se, cante, brinque, para que os outros não sintam piedade de você.
Ele seguiu o conselho e venceu a Síndrome do Coitadinho, da autopiedade, que é um alimento venenoso que intoxica o espírito, uma armadilha na qual a gente cai fácil, fácil. Aprendeu a selecionar as emissões que chegavam até ele, guardando nas zonas intimas da alma apenas o que era reconfortante e construtivo.

Essa história do Jerônimo com o Chico oferece motivos para muitos dias de reflexão, não é?
Para mim, a principal delas é a seguinte: Você não é um coitadinho, você se faz assim, se quiser!
Somos todos arquimilionários de bênçãos divinas - dizia Jerônimo Mendonça Ribeiro.

Portanto...

"Tenha bom ânimo, alegre-se, cante, brinque, para que os outros não sintam piedade de você". Nem você mesmo!

Sintamo-nos felizes, acima de tudo!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O que acontece com quem comete suicídio?

Os Espíritos nos ensinam que, a partir do momento do nascimento, somos um ser composto de corpo espiritual e corpo físico. Antes de reencarnar, portanto, possuíamos apenas o corpo espiritual, conhecido como perispírito. Desde o nascimento, então, corpo material e corpo espiritual formam um todo, unidos molécula a molécula, de forma que os próprios Espíritos dizem que é impossível demarcar as fronteiras entre corpo físico e corpo espiritual, tão intrincada é a união entre eles. Um outro ponto a considerar é que, ao nascer, já trazemos acertada a época da nossa volta à pátria espiritual. Existe toda uma programação, as coisas não se dão ao acaso em nossa vida. Família, cidade, país, pais, tempo de viver e tempo de morrer, tudo foi escolhido ou consentido por nós (se já estamos em condições para tanto) antes de embarcarmos para mais uma existência. Mesmo as encarnações que acontecem de forma dita ‘acidental’ obedecem a uma programação básica. Considerando estes dois fatores, a profunda união que existe entre corpo físico e corpo espiritual e a programação anterior ao nascimento, é fácil deduzir a tremenda complicação que significa o suicídio na vida de uma pessoa. Pensemos num exemplo: Se uma pessoa nasce para viver 80 anos e comete suicídio aos 40, poderá haver uma longa espera para esse Espírito até que se esgotem as forças vitais que o ligavam ao corpo físico. Enquanto isso, ele percebe que continua vivo, pois a morte, como fim da vida, não existe. A morte é uma mudança de estado, é um despir-se do corpo físico para assumir a nossa condição natural de Espírito. É então que o sofrimento se abate com toda a sua força sobre esse ser, porque ele percebe que não conseguiu o que planejava: libertar-se dos problemas, da dor, das angústias que o levaram a suicidar-se. Segundo os Espíritos, essa é uma das piores dores, a dor moral do remorso, que não dá tréguas, porque aliada às dores do próprio ato suicida, que se repete, repete, repete, aparentemente sem remissão, até que as forças desse Espírito se esgotem ou ele seja alcançado pelas preces sentidas de um coração amigo. Divaldo Franco, médium e orador espírita, conta o caso de um Espírito de suicida que se apresentou a ele, certa noite, agradecendo as preces que o médium por ele fizera durante 12 anos seguidos. A princípio, relata o suicida, as orações o atingiam provocando como que um breve refrigério em suas dores superlativas. Com o tempo decorrido, as preces do amigo desconhecido (porque a prece é um sedativo para a alma)colocaram-no em condições de ser socorrido por Benfeitores Espirituais para tratamento e reequilíbrio perispiritual. Isso porque o suicídio atinge igualmente os tecidos sutis e ultrasensíveis do corpo espiritual que, ferido da mesma forma que o corpo físico, necessita de intervenção especializada para se recompor e, muitas vezes, de várias reencarnações para o reajuste necessário. (É sempre bom lembrar que apresentamos aqui um panorama geral do suicídio, vale a pena informar-se mais sobre os agravantes e atenuantes do caso na obras espíritas) “Guarda, pois, a existência como dom inefável, porque teu corpo é sempre instrumento divino, para que nele aprendas a crescer para a luz e a viver para o amor, ante a glória de Deus.” Você pode ler mais sobre esse assunto em: Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos. –São Paulo: Petit, 1999. Emmanuel (Espírito). Religião dos Espíritos; [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Rio de Janeiro: FEB, 2001. 

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Se é verdade que a nossa existência já vem programada antes de nascer, como fica a questão do livre-arbítrio?

De fato, esta questão dá o que pensar. Mas há mais!

Além dessa programação anterior ao nascimento, as tendências instintivas, a própria influência do organismo sobre nossos atos (lembrem da TPM!), as anomalias físicas e mentais, e até a posição social do indivíduo não constituem, muitas vezes, um obstáculo à liberdade?

Segundo os Espíritos, não! Vamos entender por quê.

Quando se pensa em reencarnação, pensa-se de forma fragmentada: uma vida, outra vida, mais outra, como se elas fossem episódios independentes um do outro. Não são. São como novelas, um capítulo é continuação de outro. Mesmos personagens, mesmos problemas, mesmas tendências, novos desafios. Tudo o que não se resolveu num capítulo, volta no outro.

A caminhada é longa, impossível realizá-la numa só existência. E o número de encarnações não é o mesmo para todos os Espíritos, embora sejam sempre muito numerosas, porque o progresso é quase infinito.

Qual é o grande objetivo desse rosário de encarnações? A conquista da perfeição, a evolução espiritual, expressa na sabedoria integral e no amor verdadeiro.

Com um objetivo tão importante, essas reencarnações não poderiam acontecer sem uma programação, simplesmente ao sabor do acaso. Temos uma meta a alcançar, então é preciso estabelecer um roteiro, a fim de se evitar acidentes ou desvios de percurso. Para nós, esta rota é estabelecida antes de cada encarnação, com base naquele fim maior, que é a conquista da perfeição, lembram?

Então, segundo Kardec, o livre-arbítrio existe no estado de Espírito, antes de reencarnar, com a escolha da existência e das provas, e no estado corporal, na disposição de ceder ou de resistir aos arrastamentos a que voluntariamente nos submetemos.

Isto é, antes de nascer, escolhemos o gênero de prova, expiação ou missão que iremos encarar; depois de nascidos, e sempre donos do nosso nariz, cumprimos com o programado ou não, segundo a nossa vontade. Em outras palavras, pode-se dizer que existe certa fatalidade nos acontecimentos que a vida nos apresenta, conseqüência das escolhas que fizemos. Mas, termina aí a fatalidade, porque nunca há fatalidade nos atos da vida moral.

Pensemos num exemplo: Você pode ter escolhido a prova de uma doença como o diabetes, por exemplo. Ela vai se apresentar na época combinada. É uma doença que, por enquanto, não tem cura, mas pode manter-se sob controle se você for disciplinado com a alimentação, se usar a medicação corretamente, se seguir os conselhos médicos. Mas, você pode se revoltar e não fazer nada disso. Pode ingerir doces às escondidas, complicando a sua saúde e lesando a você mesmo.

É isso aí: você não vai escapar do diabetes, que pediu, mas pode obedecer às regras ou se rebelar contra a disciplina e o tratamento: você pode escolher a sua reação perante as provas, pois não há fatalidade nos atos da vida moral.

Outro exemplo: Numa vida passada, você foi alcoólatra. Problema não resolvido numa vida, apresenta-se na próxima, até ser vencido. Você, então, nasce com a tendência ao alcoolismo, mas cede ou resiste, conforme a sua vontade.

Por isso é que os Espíritos dizem que, façamos o que fizermos, estamos sempre criando destino!

“Desse modo, quando estiveres em oração, sorvendo a taça de angústia na sentença que indicaste a ti próprio diante das Leis Divinas, roga a benção da saúde e a riqueza da paz, a luz da consolação e o favor da alegria, mas pede a Deus, acima de tudo, o apoio da humildade e a força da paciência.”

Você pode informar-se mais sobre este assunto em:

Kardec, Allan. O Livro dos Espíritos –São Paulo: Petit, 1999.

Emmanuel (Espírito). Religião dos Espíritos. [psicografado por] Francisco Cândido Xavier. – Rio de Janeiro: FEB, 2001.